Podiamos falar sobre o exercicio de capitalismo em que o natal se tornou, sobre a crise de valores existentes na sociedade , sobre a premissa do dar e receber em que toda esta altura se transformou . Rebequebeque pardais ao ninho .
Podiamos também falar sobre a crise , e a boia de salvação dos subsidios , as prestações dos créditos mais a euribor e o diabo a 7, que condicionam toda esta cena .
Podiamos inclusivamente lembrar os mais desfavorecidos , e fazermos porra nenhuma sobre o assunto , e assim termos a nossa cota de sentimentos de culpa garantida conforme manda a tradição da quadra .
Podiamos fazer tudo isso e muito mais , tentando seguir dezenas de guiões previamente definidos .
Podiamos até continuar com este blá-blá-blá o resto do dia , mas não podemos que isto não tarda nada são 5 horas e há que dar corda aos calcantes que ainda temos que ir pôr o bacalhau de molho .
Ou podemos apenas lembrarmo-nos que temos a sorte de estar com quem realmente nos importa nestes dias ,seja á lareira ou na cozinha ,em discotecas ou em igrejas, a rir ou a chorar, na conversa sobre tudo e sobre nada , e tudo o resto se torna acessório .
Se já não tivermos essa sorte , pois se pelas irónicas leis de vida (escritas claramente por alguém com um retorcido sentido de humor), nos tiraram de alguma forma gente importante , mais ainda percebemos que sem eles tudo o resto é acessório , e recorremos a memórias para perpetuar o passado no presente . Recorremos a uns para lembrar outros e assim por diante .
Com mais ou menos teorias, mais ou menos filosofia de beira de estrada, concluimos que o que move tudo isto são as pessoas . As pessoas são o que realmente importa .
O resto ? O resto é carnaval .
Feliz Natal
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