Monday, May 7, 2007

tie break


Já antes aqui neste mictório tinha teorizado sobre a super-ultra-valorização de Scarlett Johanson enquanto diva maior da pelicúla. Isso foi antes. Agora vi o Match Point. Agora vi a luz. Agora entendo.

Melhor; não vi, ouvi. Ouvi a voz. A voz, instrumento poderosissimo de sedução, assenta como uma luva á voluptuosa actriz. O tom meio grave, entre a rudeza de bagaços tragados em jejum e a suavidade de colheres de mel no chá.

Rendido, portanto. Game over player one.

Sobre a pelicúla em si, já é tão pouco original falar na genialidade de Woody Allen que mais vale nada acrescentar, quando a soma dos factos é igual ao resultado esperado. Desconhecia no entanto, a influência que Fyodor Dostoyevsky exercia no cineasta, particularmente vísivel e propositadamente denunciada no tipo de crime cometido, cópia quase fiel ao de Raskolnikov em Crime e Castigo. Mudaram as motivações apenas.

Voltando á voz; assim de repente só recordo uma voz que nos último tempos tenha tido igual efeito na pavilhão auricular aqui do judas escariótes ; Ellen Pompeo, aka a Srª Drª do Greys Anatomy. A senhora Pompeo entra igualmente na categoria " gajas com pinta que acabaram de acordar e no entanto são óptimas", em que figura igualmente a roliça Zellwegger, ou lá como se escreve isto. É o tipo de voz que pode ser utilizada para dizer seja o que for de forma despretensiosamente intensa, que ainda assim soltará certamente feromónas sexuais por todo o lado. O tipo de voz , que numa estação de serviço e ao comando de " são 20 euros de sem chumbo 95 se faz favor", fazem um indívidúo revirar as unhas dos pés, enquanto umas patilhas presleyrianas crescem babando hectólitros de Brutus pela cutís fora.

No comments: