Wednesday, January 3, 2007

Thermopylae


Depois de anos gloriosos, os dois mais famosos navios, do apogeu da navegação à vela, navegaram ainda com a Bandeira Portuguesa. Como escreveu o Comandante Alan Villiers, «in the end both were sold to those good judges of good ships, the Portuguese».
O Thermopylae, adquirido em 1896, tornou-se o navio-escola Pedro Nunes, da Marinha Portuguesa. No ano anterior, o grande rival Cutty Sark foi comprado por um armador nacional, que lhe pôs o seu nome: Ferreira. Depois de navegar até 1922 com a bandeira de Portugal, regressou a Inglaterra pela mão do Captain Wilfred Dowman, onde iniciou a sua recuperação. Com mais sorte do que o Thermopylae, a Cutty Sark é um dos poucos sobreviventes da era dos clippers, e ainda hoje pode ser visitada em Greenwich, Londres.
Face à escassez de recursos financeiros, não se realizaram os fabricos de que o navio Thermopylae carecia. Desta feita, ficou inviabilizada a sua utilização como navio de treino de vela e marinharia. Consequentemente, no dia 28 de Maio de 1897, o Pedro Nunes «passou ao estado de completo desarmamento». Desmastreado, serviu, a partir de então, como pontão-depósito de carvão, fundeado no Tejo. Ironicamente, um dos mais rápidos veleiros da história, sendo inclusivamente o ainda actual detentor de recorde de velocidade á vela entre Xangai e Londres batendo o irmão Cutty Sark, iria manter-se ao serviço de barcos a vapor durante os seus últimos dez anos de vida.
No dia 13 de Outubro de 1907, numa altura em que se encontrava muito degradado, o pontão-depósito Pedro Nunes foi afundado pelo Torpedeiro nº3, sob comando do Primeiro-tenente Castro Ferreira, ao largo de Cascais.
Este evento, a que assistiu o rei D. Carlos e a família real, encontrava-se integrado num Festival Marítimo, organizado pela Liga Naval Portuguesa.

Toda a história aqui

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